28 de fevereiro de 2009

palavra

era uma vez uma palavra.
passeava pelo livro sem rumo, perdida, os dias e as noites eram segundos passados a percorrer textos, poemas, hipérboles de letras e espaços num infinito de preto e branco sujo.
a chuva e o vento não tinham qualquer efeito na rotina literária, o sol, o calor, o frio, nada afectavam o seu percurso aleatório, randomizado por entre a amálgama de caracteres, símbolos, sinais, coisas inertes, e no fim do último texto a palavra era só mais uma entre muitas, presa no limite da página, presa num mundo tão igual a ela.

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